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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O Fiasco Brasileiro Nas Olimpíadas

Três medalhas de outro, algumas de prata e outras de bronze, imprecisamente, esse fora o saldo final da delegação brasileira nas Olimpíadas de Londres 2012. Podemos considerar isso um fiasco? Se analisarmos friamente os números, a resposta é sim. Em um país gigantesco e rico como é o nosso, esse é um resultado ridículo fruto da falta de políticas eficientes de apoio ao esporte.Mas falar disso é falar mais do mesmo.  O que eu queria mesmo questionar é: qual a real importância de um quadro de medalhas? Reunir países de todos os cantos do mundo para competir amistosamente em um evento que simboliza a paz entre os povos não é mais importante?

Criar atletas ultra-competitivos e deformados que só sabem fazer uma coisa de sua vida nunca deveria ser a prioridade de nenhum país. O ser humano não foi feito para fazer algo exclusivamente, o esporte é parte importante dessa existência, mas treinar seus pulos e malabarismos até arrebentar seus joelhos não deveria ser algo louvável. Não devo questionar a escolha de alguém, mas pressionar um indivíduo para a conquista de algo é uma atitude covarde.

As medalhas de ouro merecem o devido respeito, aplausos e congratulações. Mas igualmente os merecem a medalha de bronze suada, daquele que, mesmo sabendo que não haveria mais chances de ganhar ouro, fez o espirito esportivo falar mais alto. Também os merecem aqueles que nem medalhas receberam, mas enfrentaram todas as adversidades para representar seu país, que muitas vezes não o reconheceu. Ganhar é fácil, difícil é perder com graciosidade e honra.

Um país ganhar medalha é leviandade, mas um homem receber-la é grandiosidade e dentre todas, a melhor é a medalha do espírito esportivo. Ela não possui um material específico, pois ninguém se dignifica o suficiente para cedê-la a algum atleta. Nós não a vemos, mas a sentimos no peito do esportista que, independente da vitória ou derrota, sabe erguer a cabeça e reconhecer e amar seus adversários, não por ser melhor ou pior que ele, mas por reconhecer um igual.

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