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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Os Melhores Discos de 2010

Nesse ano que está passando consegui ouvir muito coisa nova. Desde bandas já conhecidas faz algum tempo até banda totalmente desconhecidas do grande público. Enquanto aguardo o novo disco do Strokes que deve ser lançado ano que vem, listo os três melhores discos do ano.

Arcade Fire - The Suburbs



A banda que já é modinha entre os críticos veio com tudo em 2010 com seu muito bem-feito The Suburbs. Fizeram investimentos fortes, apareceram em diversos programas de TV, e tem sido lembrados em todas as listas que possam existir. Inclusive está na lista de indicados ao Grammy como melhor disco de Rock Alternativo. Com um disco desses e um clipe do Spike Jonze, nada pode parar o Arcade Fire.

Beach House - Teen Dream



Foi um clipe com personagens estranhos que me chamou a atenção para essa banda. Embora somente depois de algum tempo pudesse perceber o que aquela música tinha de especial. Foi também assim com o disco. Demorei algum tempo para perceber naquela floresta de Dream Pop a beleza das músicas cantadas por aquela vocalista de timbre único. Demorei, mas a tempo de lembra-lo aqui.

Mini Mansions - Mini Mansions



Esse é o disco de estreia da desconhecida banda do desconhecido baixista do Queens Of The Stone Age. Com uma roupagem psicodélica e escassez de guitarras essa protobanda faz um som bem diferente com o que estamos acostumados na banda de Josh Homme. O que não impediu de Josh Homme e seu selo Rekords Rekords produzirem o que é para mim o melhor disco de 2010 e a melhor descoberta também.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Do Outro lado

I'm tired of everyone I know,
of everyone I see
on the street
and on TV.

On the other side,
on the other side
nobody's waiting for me.
On the other side

I hate them all.
I hate them all.
I hate myself for hating them,
so I'll drink some more.
I love them all.
I'll drink even more.
I'll hate them even more
than I did before.

On the other side,
on the other side
nobody's waiting for me.
On the other side.

I remember when you came,
you taught me how to sing.
Now, it's seems so far away.
You taught me how to sing...

I'm tired of being so judgemental
of everyone
I will not go to sleep.
I will train my eyes to see
that my mind is as blind
as a branch on a tree.

On the other side,
on the other side.
I know what's waiting for me.
On the other side.
On the other side,
on the other side
I know you're waiting for me.
On the other side.



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Impossível achar outra letra de música que seja tão a ver comigo.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Last Nite

http://www.youtube.com/watch?v=VH4WPceT9EI

No ano de 2000 ou 2001, não me lembro com exatidão, estava eu, nos meus 8 anos de idade. Estava eu assistindo MTV como gostava de fazer e de repente surge na programação um clipe um pouco diferente dos que eu estava acostumado. Uma banda (ou bando) de roqueiros tocando um rock que não estava acostumado a ouvir. O cenário era parecido com um estúdio de televisão e a banda simplesmente tocava sua música com total desleixo, bebiam cerveja e derrubavam os microfones.

Não foi paixão à primeira vista mas aquilo ficou marcado na minha cabeça. O que era aquilo? Não fazia a menor ideia. Até gostava do som da banda mas não havia o assimilado por completo. Eu não entendia o que eles estavam falando ou fazendo. Muito provavelmente por causa da minha pouca idade e experiência.

Só depois de quase uma década, que, no auge dos meus 17 anos, decidi dar mais uma chance àquele pessoal esquisito. Redescobri um mundo maravilhoso. Melhor seria dizer que encontrei dois mundos maravilhosos. O primeiro era o mundo dos meus 8 anos. Vendo MTV e Bob Esponja. Percebi como era boa aquela época em que viver era mais fácil e mais prazeroso. O segundo mundo foi o meu mundo atual. Me encontrei nas letras daquelas músicas. Aquilo que Julian Casablanca cantava era justamente o que eu sentia. Ele transparece nas canções dos Strokes os mesmos sentimentos que estava sentindo e sinto até hoje.

Hoje eu me junto ao coro dos bêbados desleixados. Me encontro em cada verso de decepção, isolamento e insatisfação. Hoje assisto ao mesmo clipe de anos atrás como quem se olha no espelho.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O Funk Carioca

O Funk já deu muito o que falar em seus poucos anos de existência. Muitas vezes ele é vítima de preconceito e outras vezes é aclamado e adorado. Esse estilo de música se tornou uma parte importante da cultura brasileira ao penetrar nos lares das casas mais abastadas do Brasil e do estrangeiro.

O que acontece é que ainda tem gente que vê o Funk com maus olhos e resiste a enxergar a sua importância. Chovem críticas de que ele não tem qualidade musical e suas letras são horríveis.

Mas se lembrarmos que na favela, de onde geralmente vem os mc's, a maioria não tem educação, não tem incentivo a cultura e não tem saneamento básico, perceberemos que é hipocrisia exigirmos que eles toquem jazz ou música clássica.

Por não conseguir tocar jazz ou música clássica, mais por falta de incentivo do que inaptidão, eles arranjaram outra forma de se expressar. Seja falando da condição da comunidade ou de sexo, eles conseguiram ter uma voz. O funk é a voz de quem mesmo vivendo em condições precárias quer se divertir e ter uma vida melhor.

Para um jovem de classe média, tudo isso pode não significar nada. Mas talvez para quem viva o funk isso tudo signifique a liberdade.